sábado, 26 de setembro de 2009

Procura-se um Nerd para Namorar

          Hoje em dia, a mulher busca um homem bonito, atraente, charmoso, inteligente, atleta, másculo, protetor, "caliente" para a satisfazer sexualmente e, finalmente, bem sucedido. Depois que a coitada acorda e cai da cama, percebe a impossibilidade da realização deste sonho e acaba se contentando com uma figura masculina que nem de longe atende a todas as exigências de sua planilha, mas como diz uma grande amiga minha, foi o que deu pra arrumar e LAMBA!

          Na minha busca incessante do meu lugar ao sol na seara amorosa, descobri que procurava o bofe errado no lugar mais impróprio ainda. Embora meu nível de exigência tenha diminuído um pouco, uma coisa é certa: BR sem perspectiva, não rola!!! (Para maiores esclarecimentos, BR=Baixa Renda). Antes de vociferarem palavras inapropriadas, achando que estou declarando algum preconceito explicíto contra pessoas de baixa renda, quero relatar que a minha visão de baixa renda é aquele ser humano que é pobre de espírito, acomodado com a vidinha que tem e não corre atrás para tentar melhorar, porém possui qualidades que compensam. E como compensam! Aff! Mas o ditado é certo: quem dá aos pobres, paga o motel!!!

          Voltando ao foco da questão, após algumas pesquisas e estudos, chego a conclusão de que o bofe ideal é um nerd uma vez que a descrição supracitada neste texto se encaixa perfeitamente em um gay que JAMAIS surprirá suas necessidades cem por cento.

          O nerd é aquele rapaz que pode ser aprumado com um banho de loja e, embora não tenha sucesso imediato com as mulheres, sabe conversar com conteúdo, está antenado com o que há de mais novo no campo tecnológico, tem grande chance de ascensão social, pois o tempo que os gatos disperdiçam na academia ou na night "pegando mulé", ele está inventando algo revolucionário para ganhar dinheiro.

          A característica mais marcante do nerd é sua sensibilidade, o que já ajuda bastante na compreensão do período tórrido feminino que antecede a menstruação. Ao invés de zombar do choro infundado ou retrucar as brigas irracioanais comuns neste período, ele te surpreenderá com uma caixa do seu chocolate favorito para aliviar sua tensão. MAs atenção: caso tenha algum nerd pretendente lendo, não gaste seu rico dinheirinho com chocolate poque não sou chegada. Para aliviar minha TPM, gosto mesmo é de biscoito recheado de limão da Piraquê ou uma taça de vinho Cabernet.

          As aparências de fato enganam. De que adianta um gato maravilhoso com um excelente instrumento que não sabe usar? A mente criativa do nerd aliada a várias horas de leitura sobre assuntos sexuais transformam este suposto sapo no seu príncipe encantado, precisndo apenas de um incentivo para colocar o aprendizado em prática.

          Portanto, de agora em diante, vou focar meus interesses neste campo. Mas não pensem que frequentarei clubes de leitura sobre física quântica em pleno sábado à noite ou engajarei em ONGs que discutem sobre a vida de peixes abissais toda primeira sexta-feira do mês. Apenas vou dar atenção os mais tímidos, entender melhor os mais complicados porque o nerd de hoje é o bom pai e o bom marido de amanhã!

 


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sábado, 12 de setembro de 2009

Porque Cantar é necessário

Depois de vários anos ouvindo meus amigos me falarem que minha voz era muito bonita, que deveria levar isso mais a sério, que era um dom de Deus resolvi soltar a voz nas estradas e já não quero parar...
O caminho está sendo muito árduo porque não basta ter uma voz bonita, há que ser profissional, conhecer as pessoas corretas que realmente querem fazer música pela essência do trabalho e não pela exploração financeira de um artista. Essa perspicácia há que ser percebida sempre para não ser engambelada por "gabirus", como diz um amigo meu. Segundo ele, gabiru é aquele indivíduo que só quer te enganar.
Fora as pedras, existe o lado bom do trabalho: tocar a alma de quem ouve. Estar do lado de cá, em cima de um palco, sentindo o público vibrar é maravilhoso! Levar alegria para as pessoas que se divertem ao ouvir meu canto enche minha alma de emoção e prazer!

Esta é a formação da banda que conta com voz, violão e percussão. É um grande começo. Adoro esses meninos que são sérios e profissionais apesar da juventude.

Acho que tudo na minha vida acontece na hora certa. Me sinto emocionalmente pronta para começar este trabalho e para isso conto com os meus amigos para participar dos shows, divulgar o trabalho, fazer com que este sonho se torne cada vez mais palpável.
 



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terça-feira, 1 de setembro de 2009

De volta aos palcos do Magistério

Engraçado como a vida dá voltas. Se algum vidente tivesse me dito há uns três anos atrás que estaria descasada e voltaria a dar aulas de inglês "for a living", eu teria dado aquela gargalhada peculiar da minha pessoa e teria chamado a pessoa de demente, vigarista e insano.

A realidade é que devido às circunstâncias financeiras nada favoráveis, aliada a questão da empregabilidade, os caminhos me levaram de volta ao ponto de partida. Acreditem! Ainda me lembro de cada detalhe das lições, cada frase, cada suspiro, cada personagem. Só que com a experiência adquirida longe da sala de aula, voltei de forma diferente: mais madura, mais instruída, mais sábia. A sabedoria do aprendizado com os tombos "along the way" fez com que aprimorasse a qualidade das aulas, sem perder a minha essência; ou seja, meu bom humor.

Estou me sentindo bem feliz agora, trabalhando em um ambiente agradável, aconchegante com colegas de trabalho, clientes (no caso my lovely students) maravilhosos uma vez que ensino e aprendo todos os dias.

It's good to be back!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Apanhar, cair, levantar – Viva a queda!!!

Sempre que sofro alguma decepção, a tendência natural é ficar triste, amuado, sentindo pena de si mesmo e esperando que as pessoas em volta se condoam e compartilhem da mesma dor. Lembro-me de contar as histórias de derrota para alguém com uma carga emocional demasiadamente exagerada na dose de supervalorização da minha dor. Mas será que era realmente verdade? Será que não era exagero da minha parte? E por que supervalorizar a dor, se o melhor é a cura?

Por isso, a partir de agora depois de qualquer tombo ao invés de chorar, me lamentar, choramingar, vou rir, aplaudir, vibrar. Não pensem que enlouqueci daquela que verá um acidente na rua e vai rolar de rir até perder o fôlego. Ainda não cheguei neste estágio de loucura. Acredito piamente que nada na vida acontece por acaso e não uma folha que não caia de uma árvore sem um propósito. Portanto, se algo de ruim aconteceu, é porque precisava acontecer para que houvesse mudança de conceitos, valores e percepções.

Por exemplo, outro dia me peguei pensando de forma saudosista na minha ex-casa na qual somente habitava duas pessoas em comunhão do casamento, sentindo falta do tempo que tinha meu canto, minha casa para gerir. Entretanto, de que adianta perder tempo pensando, ou se lamentando dos bons tempos que não voltam mais. A questão é: o que estou fazendo hoje para reconquistar meu espaço e minha privacidade? Ficar pensando no passado vai ajudar a planejar meu futuro? De forma alguma! Somente atrasam meus pensamentos para vislumbrar meus objetivos vindouros.

Toda bordoada que levei na vida teve um motivo. E quando não descobria qual era ou continuava choramingando pelos cantos, solicitando a piedade alheia, tomava outra pancada mais forte ainda. Somente depois que entendia o porquê a Luz no fim do túnel aparecia para abrilhantar o meu caminho. Mudanças são necessárias, mas causam medo por pisar em terreno novo e desconhecido. Então, dá próxima vez não vou ter medo de cair porque desta forma estarei saindo da inércia em busca da minha maturidade e evolução espirituais.

Celebre o fracasso! Embora ele possa massacrar a auto-estima, arrasar com s sentimentos, tocar no fundo do ser, só ele vai fazer você enxergar os seus erros. Sim! Porque uma coisa eu já percebi: não dá pra culpar a outra parte de tudo que acontece. Exemplo: se o motorista do ônibus te deu o troco errado e você só percebeu depois que saltou, a culpa não é 100% dele que pode ter agido de má-fé, mas sua também que não conferiu na hora. Da próxima vez que pegar o ônibus, será mais atento(a). é caindo que se aprende. Cada não recebido, você se prepara para vários sins! Hoje, não arrase a si mesmo. Faça o oposto, celebre seus momentos de queda.

Beijos e até a próxima caída. kkkkkk

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Faça com que a sua próxima escolha seja a melhor

Ao ouvir esta frase nos versos de uma música, parei para refletir. Como o sentido de todas estas palavras juntas me afetou profundamente. No decorrer da vida, nem sempre fiz as melhores escolhas, muitas das vezes elas são as mais convenientes. Por isso, de agora em diante, deixarei de lado as conveniências e exigirei o melhor.

Por exemplo, ao escolher um sapato: Mr. Cat ou Di Santinni? Claro que a melhor opção a meu ver é a Mr. Cat, mas devido a circunstâncias financeiras desfavoráveis, há que se contentar com um modelito Di Santinni. Por que não esperar um pouco mais e adquirir o melhor?

Esta teoria também é perfeitamente aplicável com relação aos relacionamentos. Em certos momentos, lancei mão de alguém que estava mais próximo para satisfação momentânea que, na realidade, não me preencheu por completo. Devido à impaciência inerente a minha alma irrequieta e ansiosa ou medo da inércia, saída da zona de conforto ou de mudança, não esperei mais um pouco. Mais tarde, não tinha como lamentar.

Contudo, recentemente ocorreu um fato interessante. Quando menos esperava, encontrei uma pessoa que achava ser o meu "Mr. Cat" por acreditar que ele possui todas as qualidades que busco no sexo oposto, além de ser inteligente, sensível, carinhoso e gentil. De fato, ele é um fofo. Só que, diferentemente da escolha de um sapato cuja relação é unilateral, a outra parte também tem que gostar de ser escolhida e, consequentemente, escolher também. Bem, a tal famosa "química"não rolou, e eu acabei me tornando o modelito "Di Santinni" do sujeito.

De uma coisa estou convicta: se a química não aconteceu deve ter sido por algum erro de percepção minha ao longo do percurso. Ou seja, ele era um genérico da "Mr. Cat". Isto acontece. O que pode ser o melhor para mim, não é para outrem. Com isso, se configura a beleza de admirar as diferenças. Outrora, estaria me debulhando em lágrimas achando que sou uma fracassada, derrotada e que ninguém nessa vida nasceu para me amar. Hoje em dia, com o advento da maturidade, enxergo esta passagem como mais uma experiência de aprendizado que fará com que a minha próxima escolha seja a melhor.

E quanto a você? Prefere se conformar com um Di Santinni? Ou vai correr atrás do seu Mr. Cat? Espero que o encontre e quando este momento chegar, saiba usufruir ao máximo.

Beijos e até a próxima

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Passeando em Niteroi

Este domingo foi revigorante. Fui ao MAC de Niterói e adorei o passeio. Serviu para refletir sobre certos assuntos que povoam minha mente e que brevemente estarei dividindo minhas conclusões por aqui.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Impaciência

Com quantos relacionamentos, trabalhos e amizades inferiores você se contentou nos últimos tempos por estar impaciente que a Luz se revelasse logo? Por não querer esperar, acabou aceitando ficar com alguém que não preenchia totalmente seus desejos, mas que na hora sentia ser melhor que nada. Mas depois, muitas vezes, você se arrepende de não ter esperado mais e escolhido melhor. Apesar de me sentir vencedora em alguns aspectos, creio que me arrependi de relacionamentos efêmeros que não deveriam ter acontecido, palavras duras que não deveriam ter sido proferidas, angústias sofridas desnecessariamente. Tudo em nome da carência afetiva que deixa seres humanos normais irracionalmente perdidos, tomando atitudes de resignação, externando fraquezas por um sentimento de vazio interior.

Quando sentimos alguma carência, nossa natureza é fazer qualquer coisa para preenchê-la. Mas, para alcançar longevidade e plenitude em nossas escolhas de vida, exige-se paciência para que a coisa certa, a verdadeira Luz, apareça em nosso caminho. Hoje, repenso situações em que não tive paciência, percebendo o quanto desperdicei por me apressar e poderia ter agido diferente. A maior dificuldade é vislumbrar quando a Deus realmente está mostrando o caminho certo, que as atitudes estão de acordo com os princípios do bem-estar e do bem-querer.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O vencedor realmente leva tudo?

Acabei de assistir Mamma Mia e ao escutar "The Winner Takes it All", sucesso mega brega do ABBA, mas que todos sabem cantar, muitas perguntas se passaram pela minha mente. Entretanto a mais latente é: "O vencedor realmente leva tudo?" Antes de qualquer coisa, há que se estabelecer o significado de vencedor. Segundo qualquer dicionário, vencedor é aquele que chega em primeiro lugar em uma competição. Transportando esta definição para o jogo da vida, o que significaria ser um vencedor? Ter um bom emprego com uma boa família sempre a sua espera? Ter um bom marido ou esposa? Ou ser um vencedor é aquele que passa em um concurso público, realizando o sonho da estabilidade financeira?

Na verdade, não sei expressar o que seria ser um vencedor. Confesso que não me sinto assim no momento uma vez que me estou impedida de dar continuidade as minhas metas e sonhos. Mas espere um minuto: Não estou mutilada, nem muito menos invalida. Então vamos parar com essa coisa de se deprimir por ser saudosista e querer de volta uma vida mais estável do que tenho agora.

Alguns meses atrás, tinha um bom emprego, pagava minhas contas, me divertia com os amigos. Hoje, busco uma recolocação melhor, não consigo pagar todas as minhas contas, mas ainda tenho amigos e, o melhor de tudo, apoio da família. Portanto, sinto-me vencedora sim por todas as qualidades que tenho adquirido e aprimorado ao longo desses trinta e seis anos bem amadurecidos. Sinto-me vencedora pelo legado de bons amigos que me ladeiam. Sinto-me vencedora pelas oportunidades de aprendizado que a vida coloca diante de mim.

Sendo assim, só posso responder que o vencedor realmente leva tudo, pois para ser um deles, há que se atribuir valores certos as situações certas.

Que venha a próxima etapa da competição!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Assim se passaram 10 anos ...

12 de fevereiro de 2008. 18:00. Em uma esquina do Méier conheceria a pessoa que teria um grande papel na minha vida. Este encontro foi deveras marcante porque dali surgiu um relacionamento que durou oito anos. Ao longo desses anos, posso dizer que vivi intensamente um grande aprendizado o qual à época denominava-o de amor. A troca de conhecimento constante aclopada a altas doses de carinho e afeto me fez pensar que eu era a pessoa mais bem amada do mundo e que apenas isso me bastava para ser feliz. Confesso que estava errada porque todo relacionamento tem um prazo de validade. Quando o mesmo se expira, não dá pra continuar tomando remédio vencido uma vez que não faz bem a saúde emocional de nenhum dos dois.

A dor de uma separação é imensa e profunda, principalmente quando não se quer separar. Muitas das vezes chega-se a duvidar de que a mão de Deus esteja agindo em nossas vidas, fazendo com que se pergunte o porquê de tanto sofrimento uma vez que sempre achamos que não merecemos isso. Entretanto, pare e pense: por que uma mãe sofre tanto ao dar a luz? Por que sente as dores, se sacrifica tanto? Tudo é recompensando pelo resultado final. As mães sofrem ao dar a luz, mas tudo se acaba quando se olha para o rostinho da criança que acaba de nascer. (Neste caso, esqueçam os monstros que existem por ai, se denominando como mães e cometem verdadeiras atrocidades para com os seus filhos.) Fazendo esta mesma comparação, ao sentir dores que afetam até a alma, deparamos com todo um caminho de pedras que não foram feitas para o pavimento desta estrada, mas para que sejam recolhidas no intuito de se construir um castelo repleto de amor, compreensão e valorização.

Foi isso que aconteceu comigo. Sofri muito com a separação, achando até mesmo, dentro de mim, sem verbalizar nada, que Deus não estava sendo justo comigo. Quantas vezes eu pensei na frase célebre, "Que mal eu fiz a Deus para merecer tamanha dor?" Hoje sei a resposta e agradeço a Deus tudo que passei, pois aprendi a valorizar mais os meus objetivos. Aprendi a me preparar mais para a minha segunda chance. Aprendi que tem momentos difíceis na vida que são necessários para que dias melhores possam vir e não passem a brancas nuvens.

12 de fevereiro de 2009. 17h15min Um pouco mais cedo. Em uma banca de jornal no Méier conheceria uma pessoa que poderá ter um grande papel na minha vida. Este encontro não ocorreu por acaso, exatamente há dez anos depois do primeiro. Também não é por acaso que a pessoa é do signo de Capricórnio nascida no mesmo dia que eu. Tampouco é por acaso que nós dois estamos procurando alguém para dedicar todo esse amor maduro que está adormecido em cada um de nós. O destino e o universo conspiram a favor dos bem afortunados que tem o dom de amar. Confesso que pode parecer um pouco assustador conhecer alguém com quem me identifique de forma tão abrupta. Entretanto, se esta for a segunda chance que tenho não quero deixá-la escapar e não importe o quanto durar porque, assim como na primeira chance, cada momento terá valido a pena, sendo que desta vez poderei tirar proveito de toda maturidade adquirida.

E você? Está preparado para viver uma relação? Aguardo receber suas respostas.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eu não sou o último biscoitinho do pacote

Com o propósito de ser livre e feliz, o ser humano comete certas loucuras, achando que vai se dar bem sempre. Como não me considero acima do bem e do mal, também sou susceptível a falhas e confesso que me deixei levar pelo excesso de vaidade.

A vaidade faz com que sejamos sempre o centro das atenções, o último biscoitinho do pacote, a última coxinha a ser vendida que está exposta no balcão. Leva-nos a constante exibição a fim de obter palavras e comentários ilusórios que preenchem pseudo-espaços da auto-estima, mas se dissipam rapidamente ao se deparar com a realidade. Ai me dou conta que o último biscoitinho do pacote, a última gota d’água que sacia a sede se transforma na azeitona da empada que causou a azia após a refeição.

Na busca incessante por novas experiências que supostamente fariam esquecer a desilusão amorosa sofrida, dei vazão aos impulsos carnais, procurando extravasar sentimentos até então indefinidos dentro do coração. Estes sentimentos se tornaram uma mistura de angustia e êxtase que ao final não sublimaram na minha satisfação plena.

Nestas horas, inconscientemente acreditava que meus atos e caprichos ficariam impunes uma vez eu não tenho necessidade de propagar tudo que faço e ainda contava com o incentivo de alguns amigos. Entretanto, o martelo da consciência é impiedoso e cruel, cobrando e rememorando os erros cometidos. Embora reconheça que o prazer carnal é inexplicavelmente bom e gostoso, é infinitamente menor e irrelevante ao prazer de se estar em paz consigo mesmo, dentro do seu equilíbrio emocional.

Admito que me iludi com elogios mal intencionados daqueles que só buscavam momentos efêmeros de prazer e nada mais. Deixei-me levar pela vaidade, mascarando com justificativas do tipo elevação de uma auto-estima oscilante ou a descoberta de um mundo novo que se apresentava diante de mim. Tudo ocorreu em nome da vaidade, que, segundo o Diabo de Al Pacino, é um dos seus pecados favoritos. No fundo, sempre me frustrava porque de algumas dessas relações esperava continuidade, o algo a mais. Só que se o relacionamento começa pelo fim, como esperar o despertar que acontece no começo?

Hoje em dia estou em tratamento de reabilitação da minha conduta na busca do meu equilíbrio emocional. Sim, porque a vaidade exacerbada se assemelha a um vicio que deve ser erradicado. No inicio é muito difícil, passível de recaídas. Mas acredito que no final serei recompensada quando atingir o meu objetivo. Enquanto o tratamento não termina, conto com a ajuda de Deus, os anjos dos meus amigos e o meu próprio desejo de não mais desejar ser o último biscoitinho do pacote.